domingo, 18 de abril de 2010

Ballet de repertório- Giselle

Balé romântico em dois atos
Libreto: Vernoy e Saint-Georges, Théophile Gautier e Jean Coralli
Coreografia: Jules Perrot e Jean Coralli
Cenários: Pierre Ciceri
Música: Adolphe Adam
Figurinos: Paul Lormier
Estréia mundial: 28 de junho de 1841 no Théâtre de l’Academie Royale de Musique, em Paris. Carlota Grisi interpretou Giselle; Lucien Petipa, o conde Albrecht; Adèle Dumilâtre, Myrtha, Rainha das Willis; Jean Coralli, Hilarion.

O poeta Théophile Gautier, juntamente com o dramaturgo Jules-Henri Vernoy de Saint-Georges, baseado na obra De l'Allemagne (1835), de Heinrich Heine, criou o libreto do ballet Giselle, em homenagem à sua amada, a bailarina Carlotta Grisi.
O libreto foi pautado em um primeiro ato realista, que retrata as desigualdades sociais e o amor impossível de um nobre e uma camponesa, já no segundo ato há um contraste, trata-se de uma fantasia, um cemitério, em meio a uma floresta, repleto de seres etéreos, sobrenaturais, as Wilis.
Tal contraste em grande parte foi contribuição de Vernoy, que escolheu pela morte de Giselle no primeiro ato para que a transição pudesse ocorrer.
A música ficou sob responsabilidade de Adolph Adam, ficando pronta por completo em apenas 3 semanas, para tanto Adam utilizou-se de trechos do ballet Le Pirate, também composto por ele, um ano antes, tal prática era muito comum no passado, o que não prejudicou a partitura de Giselle.
Quanto à coreografia, esta ficou à encargo de Jean Coralli, tendo Jules Perrot, marido de Grisi, como mero colaborador, mas sem que ganhasse nenhum crédito por isso. No entanto, grande parte deste ballet foi coreografado por Perrot, principalmente os solos de Giselle, a cena da loucura, bem como a dança de Hilarion e as Wilis. Somente anos mais tarde, já no século XX, por intervenção de Serge Lifar, a Ópera de Paris incluiu o nome de Perrot como co-autor da coreografia.
O pas de deux Peasant foi inserido no ballet Giselle no último minuto, para Nathalie Fitzjames, em favor a uma influente patrocinadora, Mlle. Fitzjames, tendo sido dançado com Auguste Mabille.
O ballet foi um absoluto sucesso em sua estréia, aclamado pela crítica e pelo público, principalmente por apresentar todo o Corpo de Baile dançando com sapatilhas de ponta.
Após sua estréia em 1841, uma série de modificações corográficas foram feitas, primeiramente pelo próprio Julles Perrot e em seguida por Arthur Saint-Leon, no entanto a mais relevante foi a de Marius Petipa em 1887, tornando-se a versão mais conhecida desde então.

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